O Sindicato dos Servidores da Câmara Municipal de São Paulo e do Tribunal de Contas do Município de São Paulo – SINDILEX vem, por meio desta nota, repudiar as palavras proferidas pelo Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, Senhor Antônio Roque Citadini, quando da realização da 7ᵃ Sessão Ordinária da Primeira Câmara daquela Egrégia Corte de Contas, em 28 de abril do presente ano.
Tais palavras foram transmitidas pela TV TCESP e pelo canal TCESPA no Youtube no momento em que o Conselheiro comentava a respeito da manifestação do Ministério Público de Contas pela irregularidade da contratação de empresa terceirizada, objetivando a execução de serviços contábeis na Prefeitura da cidade de Boa Esperança do Sul.
Os comentários foram equivocados e depreciativos a respeito da quantidade de trabalho que um contador efetivo, aprovado em concurso público, iria realizar naquele município.
Além de desqualificar o município citado, em razão do tamanho e do número de habitantes (qualquer município, seja qual for o tamanho, merece o respeito a sua autonomia e organização administrativa), o Conselheiro usou palavras insultuosas referindo-se aos Contadores dizendo que “vai fazer como sempre faz: ficar com a internet aberta vendo jogo do Corinthians ou vídeo pornô”.
Tais comentários foram desrespeitosos com a categoria dos Contadores que, nesse momento de grave crise sanitária, vem atuando mais fortemente no auxílio às instituições públicas no controle dos valores recebidos e sua aplicação adequada, além de zelar pela correta informação nos relatórios gerenciais e demais formas de controle da Administração Pública.
Os Contadores trabalham pela transparência das contas e têm a responsabilidade de mostrar com exatidão o que vem sendo feito com o dinheiro público, contribuindo para que se evitem desvios de recursos e auxiliando a fiscalização por parte dos controles internos e externos.
O Sindilex presta solidariedade aos Contadores ofendidos pelas palavras preconceituosas e injuriosas do Conselheiro e repudia quaisquer atitudes que depreciem essa categoria e os profissionais que trabalham na Administração Pública.
Seria de bom tom que o Conselheiro reconsiderasse suas palavras em respeito aos profissionais da contabilidade e aos municípios que compõem o Estado de SP, mesmo que pequenos.
Anseia, por fim, que o Conselheiro desse Tribunal de Contas, que tem como missão constitucional fiscalizar 644 municípios, além das contas do Estado de São Paulo, cumpra seu juramento constitucional e demonstre estar à altura do cargo para o qual foi indicado.
PROTEJA-SE! FIQUE EM CASA.
